quarta-feira, 31 de julho de 2013

Suíça - Swiss - Switzerland

O que pode ser tão louco como decidir fazer uma viagem para outro país, com apenas 2 dias de antecedência? Há coisas que nem as razões explicam. Contado, soa como uma grande loucura...

O entusiasmo e a vontade, quando unidos, fazem-nos agir de maneira insana. E como é bom ser louco!
Se nesse espaço de cerca de 48 horas havia alguma dúvida se essa era a decisão correta, a vida apresentou-me um sinal de confirmação. Quando cheguei ao meu assento A8, do vôo TP 949, apertei o cinto de segurança e deixei a minha visão analisar o avião, como sempre faço quando viajo. Achei o avião da TAP um bocado antigo e como sempre, desconfortável. Eu estava na janela, e ao meu lado havia um espaço vago e no outro assento havia uma adolescente brasileira, ouvindo música, cantando em mímicas. Depois de analisar a minha volta, olhei pra frente, ao que visualizo algo realmente inusitado...inesperado... O meu nome estava escrito nas costas do assento à minha frente, a caneta azul. E havia uma palavra por baixo, que terminava em X mas eu não percebi o que era, mas o nome "JESSICA" estava nitidamente escrito. Fiquei realmente contente, porque coincidências excessivas (na minha vida) eu dou o nome de "sinais". Eu simplesmente sorri, com a certeza de que sim, eu estava fazendo a coisa certa.
Não consigo ser incrédula ao ponto de achar normal e mera coincidência, diante de centenas de assentos, o meu nome estar escrito JUSTAMENTE onde eu fui designada para sentar.

Enfim, a viagem até Genebra correu lindamente. Dormi um pouco num período de cerca de 2 hs. Acordei na hora do lanche e depois não voltei a dormir. A minha chegada foi...surreal! Acho que às vezes o choque de alegria é tão grande, que expressamos com timidez a excitação que vai dentro de nós. Às vezes tenho medo de transparecer ser uma pessoa desequilibrada se demonstrar de maneira eufórica toda a minha alegria (como se fosse proibido eu me sentir plenamente feliz).

Não pretendo detalhar muito a viagem, porque os tesouros devem ser guardados a sete chaves na memória e principalmente no coração e este blog não é de fato, um atelier de exposição da minha vida.

Enfim, amei...AMEI...amei a Suíça, amei os lugares que conheci (desembarquei no aeroporto de Genève, mas dali, segui logo para Lausanne, Montreux e Martigny). Eu sou grande observadora das energias dos lugares, e eu adorei a energia do país. Adorei a atmosfera e não paro de pensar no lugar e "no que me fez ir até lá". Martigny foi onde passei a maior parte do tempo, e achei a cidade super limpa, super organizada, super aconchegante. Relativamente pequena mas cheia de vida.

Confesso que me senti uma alienígena por não falar francês. Me senti ridícula em algumas situações, onde as pessoas falavam comigo e eu não sabia o que responder, visto que não havia percebido se quer a pergunta. É frustrante demais. Mas enquanto estive sozinha, me desenrasquei no inglês (e até fui bem compreendida).

E além dessas cidades maravilhosas que citei, ainda fui dar um passeio já ali ao lado...
Na FRANÇA!
Estava completamente fora das minhas expectativas pisar também em solo francês, e assim foi. Conheci a cidade de Chamonix, na região do Mont-Blanc. Estava muito calor mas à minha volta só havia montanhas cobertas de gelo. Visualizei uma natureza que para mim, até então, era desconhecida. E já que estávamos na França, comemos Fondue =D Que delícia, e que divertida a minha primeira experiência com o famoso Fondue. Havia na mesa ao lado, um senhor na faixa dos seus 40 anos, loiro, muito loiro e completamente vermelho de tanto apanhar sol, e o homem ria-se, observava-nos, e escrevia alguma coisa num bloquinho. Quando eu pensava que o homem finalmente já tinha desviado a sua atenção, que nada! Lá estava ele nos olhando, observando e talvez admirando. E foi assim até ao fim.
Uma coisa muito engraçada, foi o prazer que senti em poder utilizar Euros. Ou seja, pouco tempo antes, na Suíça, paguei em Francos Suíços no supermercado, e na França, obviamente, pude reutilizar a moeda corrente na União Européia.
Eu posso dizer que foi o lugar mais maravilhoso que já fui, pois foi onde senti realmente uma energia superior. Eu não conseguia parar de olhar para aquele enorme monte branco, cheio de gelo, em pleno verão. Após muitas fotos, gargalhadas e Fondue, resolvemos voltar para a vizinha Suíça e a cada metro que eu andava, eu parava para despedir-me e dar mais uma olhadinha para aquela montanha tão imponente!

A viagem de volta para a Suíça foi outra parte linda. A noite estava chegando e o céu tinha uma coloração diferente, em tons avermelhados e cinzentos. Talvez a posição geográfica de onde eu estava, favorecia o vislumbre desse pôr-do-sol mais cintilante e colorido. Enquanto descíamos a montanha de volta a Martigny, paramos o carro e descemos num lugar completamente escuro, onde só se via a iluminada vila e uma lindíssima lua, enorme, com uma parte escondida por uma montanha. Nesse momento estava tocando Perfect Symmetry, dos Keane, no carro (que tinha as portas abertas), enquanto tentávamos tirar alguma foto de jeito da lua (...não obtivemos sucesso...lol).

E foram assim meus maravilhosos 3 dias suíços: com chocolates, salame, queijo, salsichas deliciosas, röstie e claro, o melhor doce de Portugal! =P

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Para dar som a este post, nada melhor que essa música, que não paro de ouvir desde o dia que retornei a Portugal.:


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Se nos fosse dada a chance...

...De traçar o nosso próprio destino.

Seria brilhante se na vida tivéssemos a oportunidade de desenhar e pintar os nossos dias futuros. Eu não precisaria de muitas cores para fazer o esboço daquilo que eu considero por felicidade.

Se eu olhar pra trás, vejo pessoas que já fizeram parte da minha vida, outras que saíram da minha vida, as que voltaram a fazer parte, as que nunca mais voltarão, as que permanecem sempre...quanta gente, quantas histórias, quantas certezas e ao mesmo tempo dúvidas...

E os lugares que já fui, e as culturas que já conheci...

Que maravilhoso que tudo pudesse ter sido uma demonstração e que depois nos fosse permitido desenhar numa folha de papel em branco, somente aquilo que vimos e que realmente gostaríamos de ter na vida, e que depois tudo nos fosse concedido como uma benção.



Através do reconhecimento das coisas, lugares, escolhas e pessoas que realmente são/foram importantes para mim, eu acho que hoje saberia fazer um desenho bem bonito.

Enfim...resta-nos acreditar que tudo faz parte de um aprendizado, mas pergunto-me onde deverá ser o lugar em que vamos executar toda a nossa experiência adquirida nesta evolução terrena?????

(Suspiro profundo...)

Tudo isso para expressar um sentimento que me bateu outro dia, que se eu soubesse o que sei hoje, não teria deixado escapar pelas minhas mãos, algumas situações, algumas pessoas e algumas oportunidades.

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Há sempre uma canção que transmite com exatidão, os meus pensamentos...
All of the moments that already past
Try to go back and make them last



sábado, 6 de julho de 2013

A minha criança...

Esses dias, sem a menor intenção de me causar alguma comoção, definiram-me de uma maneira que me fez refletir. Disseram-me que sou uma pessoa que a vida passa por mim e eu transformo-a num desenho animado. 
Isso foi tão verdadeiro! É tão isso!!!

Apesar de tanta responsabilidade exigida na vida que eu escolhi, acho que talvez eu ainda veja o mundo com os olhos de uma criança, e por isso não sinta tanto o peso de tudo o que por vezes acontece. Transformo tudo em uma grande piada, uma grande animação. Tento ver em tudo, uma perspectiva cômica e tento tirar bom proveito de cada instante. 

Lembro-me também que uma vez eu estava em uma conversa com minha ex-chefe e eu lhe disse que até hoje, tenho uma caligrafia infantil, e ela disse-me que essa característica não era só na minha letra, pois a minha energia também é de uma criança. Ela me disse para eu nunca, jamais deixar isso mudar em mim. 

Não significa que por vezes essa criança não adormeça um sono profundo.
São nestes dias que os meus pensamentos coloridos, ficam mais cinzentos.



Ainda bem que essa criancinha nunca me abandona...
:')


 "Fearfull child have faith in brighter days"
"You've got time to realize
You're shielded by the hands of love
'Cause you are young
You've got time you gotta try
To bring some good into this world"


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Gelo Sobre a Duna......Oi ?!!?!

Desde o início de 2009 que eu conheço os australianos Empire Of The Sun, e achava interessante o estilo da banda. As suas músicas Walking On A Dream e We Are The People marcaram a minha chegada a Portugal (juntamente com Human dos The Killers, Use Somebody dos Kings Of Leon e Shake It dos Metro Station).
Pois é, música é coisa que marca época e acontecimentos importantes na nossa vida. Enfim, todo este rodeio para falar que sou a mais nova apreciadora do novo álbum dos Empire Of The Sun, que foi lançado no mês passado e chama-se Ice On The Dune (daí veio o título do post).


O álbum tem 12 faixas e só não gostei de uma, que é a última (Keep A Watch), pois todo o resto é magnífico. Ah! e a música de trabalho tem sido a Alive, mas que realmente está longe de ser a melhor do álbum.

Eu considero um álbum MUITO BOM quando eu gosto dele quase a 100%.  
As minhas faixas de eleição são:
I'll Be Around
Concert Pitch
Old Flavours
Celebrate
Disarm

Espero que seja do vosso gosto também =D

E vamos então a minha preferida, para ver se gostam:



quinta-feira, 4 de julho de 2013

“Muita vocação para pouco talento ou muito talento para pouca vocação?”

  • "Esses dias eu li essa frase, ou ouvi algures, não lembro mas achei fabulosa, porque explica em poucas palavras muita coisa! Em jeito de reflexão comecei a pensar nisso e me apercebi que a maioria das pessoas que são bem-sucedidas em alguma coisa na vida venceram pela determinação e persistência e apenas algumas delas venceram pelo talento. Porque ao meu ver, talento sozinho não leva ninguém a lugar nenhum, assim como a vocação sozinha também não, mas o mais curioso é que pessoas que têm facilidade natural, o chamado talento, em fazer algo geralmente não se valoriza, não se acha demasiado bom e por vezes até desprezam essa característica nelas. Já as pessoas que se acham com vocação, aquelas que dizem amar o que fazem, persistem, mesmo que ninguém mais ponha fé nelas, elas se convencem que tem o necessário e se dedicam, estudam, treinam, ganham experiência, se especializam, tudo para chegar aos calcanhares de quem possui um talento nato, e comemoram alegremente cada pequena conquista adquirida, mesmo que só ela acredite no quanto ela é boa naquilo… por fim acabam até por convencer as pessoas que possuem talento, ou não… 

    Eu sou um grande exemplo disso acho que tenho muitos talentos mas me falta a vocação, ou teria vocação e me falta o talento? Não sei, fiquei confusa… se calhar me falta tudo…" A.P.



Pela primeira vez no blog, posto um texto escrito por outra pessoa, senão por mim. Achei simplesmente fabuloso este tema escrito por minha amiga, que inclusive aproveito para agradecer o fato de ter me deixado postar aqui as suas palavras ;)
Esse texto leva-me a altas reflexões sobre as nossas incertezas, a falta de crédito que damos a nós próprios quando possuímos algum talento, e a certeza absoluta que alguns têm, de que são realmente bons no que fazem, quando vistos de fora, de fato, não tem nada que se aproveite. E provavelmente essa pessoa tem talento para outra coisa que ainda não descobriu, visto que cada ser humano sabe sempre "fazer bem" alguma coisa. Espero que este post sirva para que muitos possam refletir sobre suas ações e suas sensações de baixa auto estima, que lhe impedem de mostrar ao mundo o seu talento, ou em outros casos, o excesso de auto estima, que por vezes, colocam as pessoas em figuras ridículas.

E para finalizar, acrescento a sábia frase do filósofo Bertrand Russel:
"O problema do mundo é que os idiotas são seguros e os inteligentes são cheios de dúvidas"

terça-feira, 2 de julho de 2013

EHHHHH Julhoooo \o/ \o/

E chegou o meu mês. Sim...o meu mês...do meu aniversário, que este ano será mais uma vez comemorado num festival de música hehehehe...Será no Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia.
Estou empolgadíssima com esse festival pois vou ver em particular, dois artistas que nunca vi ao vivo e que aprecio demais. Um deles é o DJ David Guetta, que será cabeça de cartaz na segunda, de três noites. E também estou ansiosíssississima para ver a banda La Roux, que eu simplesmente ADORO de paixão! 
E de quebra tem mais artistas mundialmente conhecidos, como James Morrison (que eu já assisti ao vivo e adoro), Thirty Seconds to Mars (não gosto nada do som, mas respeito e reconheço o sucesso que eles têm), The Smashing Pumpkins (que não ligo nada mas vai ser interessante ver), Klaxons (que eu gosto bastante e sinto que vou me divertir nessa apresentação)... UAU....e tem também uma banda portuguesa, os We Trust, que estou animada para assistir também. Ah! e o Rui Veloso, que eu bem aprecio, mas acho que não se enquadra no festival mas enfim...vai ser bom!


Eu já estive nesse festival no ano de 2009, quando vi meus queridos Keane, e mais alguns artistas como: Scorpions, Jason Mraz, Colbie Caillat e mais um monte...Lembro-me que a organização me deixou bastante frustrada, mas a localização do recinto é privilegiada, à beira do rio Douro.

Verifiquei as set lists dos artistas nas apresentações mais recentes e estou aqui fazendo o aquecimento do festival, ouvindo as músicas que tem probabilidade de tocar. Criei uma lista no Spotify, chamada "Rehearsing to Mares Vivas" =D
Pois, ainda faltam mais de duas semanas, mas já estou no clima e deixo aqui uma das músicas que mais vou gostar de ouvir: